4 de mai. de 2012

Me Conte Uma Mentira: Vigésimo Capítulo: Essa garota era venenosa!

Faculdade Sensações. Tarde. Pátio

Todos estão esperando pela polícia. O diretor já está com Vitor e seus amigos.
Sarah: Chegaram!
Policiais desembarcam das viaturas.
Diretor: Prazer, sou o diretor do colégio.
Policial: Recebemos uma denúncia de desaparecimento.
Alan: Foi eu quem fiz. A garota é colega de escola nossa.
Sophia: E minha amiga.
Policial: Quando foi a última vez que viram a garota?
Sophia: Ela não nos responde desde sexta-feira, não responde a mim e nem a minha me... E nem a outra garota.
Policial: O nome da garota, qual é?
Diretor: Melissa Pedroso.
Policial: Alguém tem uma foto dela para começarmos a busca?
Vitor, Alan, Sarah e Sophia se olham.
Diretor: Eu tenho, está na ficha dela. Venham comigo!
O diretor e os policiais entram. Vitor respira, aliviado.
Vitor: Ele não pode saber do Mestre.
Ceres diz de costas pra eles: O que aconteceu pra policia estar aqui?
Sarah: O desaparecimento da... Minha nossa! O que você fez?

Ceres: Pintei de preto e encaracolei.
Vitor: A policia está aqui por causa do desaparecimento da Melissa.
Ceres: Não é pra tanto.
Vitor: Você mesma veio me acusar e agora diz que não é pra tanto? Contradição hein.
Ceres: Calado.
Vitor: Pra você eu não fico.
Ruby: Oi, gente. Por que a policia tá aqui?
Sarah: Por causa do desaparecimento da Melissa.
Ruby: Nossa...
Mathias diz chegando perto deles: Então é sério isso?
Alan: Se fala do desaparecimento da Meli...
Os celulares de todos começam a tocar, inclusive o de Ruby. Todos se olham, surpresos. Aos poucos eles vão pegando.
Mensagem: “Ela sabia demais, mentirosos! –Mestre”.
Sarah: Isso quer dizer que...

Vinte e quatro horas antes...

Apartamento de Jonas e Lídia. Noite. Sala

Todos estão reunidos na sala. Vitor e Alan estão sentados no chão, próximos. Sophia, Sarah e Mathias estão em um sofá, e Ceres e Ruby em outro. Todos estão apreensivos.
Sarah: Minha mãe disse que ela vai ligar pra gente quando tiverem alguma pista.
Sophia: Pista? Não é pista. Nós recebemos a mensagem do Mestre, ele praticamente confessou que matou ou deu um chá de sumiço na Melissa, temos que contar pra policia isso agora. Se não as coisas vão se complicar.
Ceres: Não podemos, o Mestre odeia isso.
Mathias: Quero que esse Mestre morra!
Vitor: Gente, calma. Não adianta ficar assim, até o final dessa noite vão ter alguma pista...
O celular de Sarah toca. Todos se assustam. Sarah pega, é sua mãe. Ela atende.
Sarah: Mãe, encontraram algo? (...) Sim, tá bom, vou avisar (...) Tchau, beijos.
Vitor: E aí? Encontraram algo?
Sarah: A casa onde a Melissa mora estava completamente destruída, vasos e louças quebradas... Tudo, exatamente tudo, estava destruído.
Sophia: Obra do Mestre define.
Sarah: E as aulas foram canceladas até que tudo se resolva... Querem que nós demos nossos depoimentos sobre como era a convivência com ela e tudo!
Vitor: Suspeitam de nós?
Ceres: Deveriam suspeitar só de você, pois é do passado dela.
Alan: Fica quieta Ceres.

Doze horas antes...

Delegacia. Dia. Sala do Delegado

A câmera passa imagens de Mathias, Sophia, Sarah, Alan e Ruby entrando um por um na sala e dando seus depoimentos, sem áudio. Chega a vez de Ceres. Ela entra na sala e se senta.
Delegado: Como era sua convivência com a desaparecida?
Ceres: Nós somos muito amigas. Ela chegou depois de começarem as aulas, mas logo me aproximei dela e nos tornamos confidentes.
Delegado: Você fala “somos”... Acha que ela está viva?
Ceres: Não acho, tenho certeza.
Delegado: Você percebia algum tipo de briga entre os outros e ela?
Ceres: Não, todos éramos amigos dela, menos... O Vitor! Quando ela chegou, ele falou como se conhecia ela, e como se a odiasse, querendo acabar com ela. Não sei por que, ela foi tão legal com ele e com todos os outros.
Delegado: Entendo... Acho que é só!
Ceres: Delegado, por favor... Ache minha amiga, não quero que ela se machuque.
Delegado: Ok, senhorita.
Ceres sorri, falsamente e sai.
Delegado: Chame o próximo.
O policial sai da sala e chama Vitor, ele se levanta, entra na sala e se senta.
Delegado: Como era a sua convivência com a desaparecida?
Vitor: Não nos dávamos bem.
Delegado: Qual o motivo?
Vitor: Simplesmente por que ela não gosta de mim e nem eu dela.
Delegado: Não gosta dela a ponto de matá-la?
Vitor: Está me acusando de ter matado dela?
Delegado: Não posso acusar ninguém, então, desculpe-me.
Vitor: Ok. Mais alguma pergunta?
Delegado: Você percebia algum tipo de briga entre os outros e ela?
Vitor: Não, ela se dava bem com todos, menos comigo.
Delegado: Pode sair.

Quatro horas antes...

Delegacia. Fim da Tarde. Sala do Delegado

O delegado está pegando seu paletó. Um policial bate na porta.
Delegado: Entre!
O policial entra, um homem está acompanhado dele.
Delegado: Sim?
Homem: Eu matei Melissa Pedroso!

Fundos da Faculdade Sensações. Começo da Noite

A câmera mostra um buraco no meio do campo, várias folhas estão pela grama. Ouve-se vozes de pessoas apavoradas, sirenes policiais e de ambulâncias. O homem que estava na sala do delegado está dentro de uma viatura, com algemas na mão. Vitor, Alan, Ceres, Mathias, Sophia, Sarah e Ruby estão todos próximos. Bombeiros tiram um corpo de dentro do buraco. Foca-se no corpo, é o de Melissa. O delegado vai até os jovens.
Delegado: Eu sinto muito... Mas é mesmo Melissa Pedroso!
Sarah: Como isso é possível?
Delegado: O homem que está dentro da viatura, confessou ter matado ela. Os dois eram vizinhos e ele trabalha como zelador aqui na faculdade, ela não quis transar com ele, e ele a matou a pauladas.
Sarah abraça Mathias, que corresponde. Sophia os abraça também. Vitor não para de olhar para o corpo de Melissa. O delegado sai de perto deles.
Vitor: Sabemos que não foi aquele homem... Estamos lidando com um psicopata!

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