Vila 506 : Casa de Eugênia : Sala de Estar
Eugênia : Ricardo, não acredito que ele lhe deu duzentos reais assim, do nada.
Ricardo : Mas o pior que foi.
Eugênia : Então, o velho ricaço é amigo da humilde Cecília. Mas, daonde será que surgiu essa amizade?
Ricardo : Não se lembra da história do assalto?
Eugênia : Ah, me lembrei. Será que a Cecília vai ficar riquinha? Ou melhor, será que a Cecília está tendo um caso com o velho?
Ricardo : Mãe, me poupe. Acho que a Cecília não teria coragem de ficar com um velho babão daqueles, só se for para tomar o dinheiro do velho de vez. Bom, eu vou saindo.
Eugênia : Espere, Ricardo, aonde vai com o dinheiro?
Ricardo : Tenho uma função para ele.
Eugênia : Ricardo, volte aqui! Volta!
Mansão de Abrão : Quarto
Abrão entra no quarto totalmente contente. O rapaz se senta em sua poltrona e não parava de pensar no beijo que tinha dado em Cecília. De repente, Abrão começa à sentir fortes dores no coração.
Abrão : Ah! Mais que dor terrível!
Abrão tenta se levantar para pedir ajuda, mas acaba caindo. Mesmo morrendo, Abrão não conseguia parar de pensar em Cecília.
Abrão : Era daquele beijo que eu precisa antes de partir dessa vida... Eu te amo, Cecília e o meu testamente é a prova do meu amor.
Abrão fecha os olhos e morre.
Vila 506 : Casa de Débora : Quarto
Débora levanta deslumbrante, apenas de lingerie. Ela vai até o espelho e fica admirando sua beleza. A campanhia toca e ela atende, apenas de lingerie.
Ricardo : Então, é assim que você acorda todos os dias?
Débora : Sim, é assim.
Ricardo : Então, se arruma, vamos sair e hoje por minha conta.
Débora : Assaltou um banco?
Ricardo : Não, foi coisa melhor e que eu preciso de contar. Agora, ande logo antes que eu não consiga me controlar e ficamos por aqui mesmo.
Débora : Está bem, querido, eu estou indo.
Débora se arruma e Ricardo à espera no sofá. Débora acaba se arrumar.
Débora : E então? Como estou?
Ricardo : Gostosa como sempre. Agora vamos.
Os dois se beijam e vão para o Shopping.
Casa de Cecília : Sala de Estar
Cecília regava suas plantas e, do nada, sente tem pressentimento ruim. Luciana entra na casa e encontra a amiga chorando.
Luciana : O que foi, Cecília?
Cecília : Não sei muito bem, senti algo ruim. Não sei.
O telefone toca e Cecília atende.
Advogado de Abrão : Dona Cecília?
Cecília : Sim, sou eu. Quem é que está falando?
Advogado : Aqui é o advogado do senhor Abrão e você está convocada à participar da leitura do testamente amanhã, aqui na Mansão.
Cecília : Leitura do testamente? Então...
Advogado : Sim, o senhor Abrão morreu.
Cecília deixa o telefone cair no chão e começa à chorar.
Luciana : O que foi, amiga?
Cecília : O Abrão! Ele morreu!
Luciana fica perplexa e Cecília não conseguia parar de chorar.
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