Hospital São Francisco : Consultório
Lúcio Malaver : Isso não vai ficar assim!
Álvaro : Acho bom você sair daqui antes que eu lhe encha de porrada! E só mais um aviso, fique longe da Esmeralda.
Lúcio : Se não...?
Álvaro vai avançar em Lúcio mas Esmeralda o impede. Lúcio vai embora.
Álvaro : Amor, você está bem?
Esmeralda : Sim, eu estou bem...
Álvaro : Eu ainda prefiro ligar para a polícia. Esse cara quase te estuprou!
Esmeralda : Não, Álvaro, por favor, não.
Álvaro : Então, eu vou chamar a dona Branca e o senhor Rodolfo...
Esmeralda : Não, também não. Por favor, não. Eu preciso ir para a vila, para a casa da Rosário. É disso que eu prefiro, proteger o meu filho.
Álvaro : Então, esse tal cara é o tal Lúcio que lhe... que lhe engravidou.
Esmeralda : Isso, é ele. Ele não pode roubar o meu filho de mim, Álvaro, não pode!
Álvaro : Calma, eu não vou deixar esse fazer isso. Eu vou te proteger, custe o que custar.
Álvaro abraça Esmeralda que, nervosa, chora no ombro do rapaz. Álvaro leva Esmeralda à secretaria.
Hospital São Francisco : Jardim
Patrícia liga para Lúcio Malaver e ele atende.
Patrícia : E então, plano cumprido?
Lúcio Malaver : Claro, já coloquei medo na Esmeralda.
Patrícia : Ótimo. Olha, eu já falei com um de meus advogados. Ele vai nos ajudar à pegar aquela coisa pequena dos Álvares Real.
Lúcio Malaver : Perfeito. Eu quero que eles sofram muito. Eu estou indo em direção à sua casa, algum problema?
Patrícia : Não, é até bom para nós conversarmos. Só vou falar com o Armando e já vou para aí.
Lúcio Malaver : Então, até logo.
Patrícia : Até...
Patrícia desliga o celular e sorri maléficamente.
Patrícia : Você que me aguarde, Esmeralda.
Hospital São Francisco : Pátio
Fátima caminha até Branca e Rodolfo, que estavam com Graziela.
Fátima : E então, minha filha? Gostando do passeio?
Graziela : Preferia estar em pé, caminhando como uma pessoa normal.
Fátima : Não seja tão dura consigo mesma, por favor.
Graziela : Ah, me poupe dos seus agurmentos bobos. Isso não vai me ajudar em nada. Além do mais, não quero que fiquem me olhando com cara de pena.
Fátima : Minha filha, de onde tirou isso?
Graziela : Não sou nenhuma tolinha, mamãe.
Graziela vai com suas cadeiras de rodas para o corredor do Hospital.
Fátima : Meu Deus, o que está acontecendo com a Graziela?
Rodolfo : Calma, minha irmã. Tudo vai se resolver, você vai ver.
Hospital São Francisco : Corredor
Armando caminhava com alguns dados nas mãos. Patrícia grita seu nome e ele para.
Armando : O que foi?
Patrícia : É assim que você me trata, agora? Com um "o que foi"?
Armando : Patrícia, eu não posso ficar namorando com você aqui. É meu local de trabalho.
Patrícia : Que por sinal, foi eu quem consegui.
Armando : É para jogar na cara, agora?
Patrícia : Me desculpa, é que... você não me trata mais como antes. Você me trata com tanta frieza.
Armando : Eu te amo, mas aqui eu não posso.
Patrícia : Claro que pode, é só querer.
Patrícia beija Armando, mas ele para o beijo.
Patrícia : Está vendo?
Armando : É meu local que trabalho, está vendo?
Enfermeira : Senhor, Armando! Precisamos do senhor na UTI agora mesmo!
Patrícia : Armando!
Armando : Agora não, Patrícia.
Armando sai correndo com a enfermeira e Patrícia sai dali bufando.
Vila 506 : Casa de Rosário : Sala de Estar
A campanhia toca e Rosário abre a porta.
Rosário : Esmeralda! Bem que você disse que iria almoçar conosco. O José Rodolfo não parou de falar "mamãe, mamãe"!
Florzinha : Que cara é essa, Esmeralda?
Aurora : Você está pálida...
Esmeralda : O Lúcio Malaver...
Rosário : O que tem esse desgraçado?
Esmeralda : Ele está aqui, na cidade grande.
Rosário e Florzinha ficam em choque com a notícia.
Hospital São Francisco : UTI : Quarto de Daniel
Marcelo : Armando, graças à Deus você chegou.
Armando : O que está havendo?
Marcelo : O Daniel está tendo uma parada cardíaca.
Armando : Vamos, vamos tentar reanima-lo.
Armando pega o aparelho de choque e põe sobre o tórax de Daniel. Ele dispara o choque, mas nada adianta. Ele faz a mesma coisa pela segunda vez, e nada. O coração de Daniel para de bater de vez e Armando larga o aparelho.
Marcelo : Ele...?
Armando : Sim, ele morreu.
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