Apartamento de Miguel : Copa
Miguel e Nastácia almoçavam.
Miguel : Mãe, essa comida está ótima.
Nastácia : Agradeça à Cecília. Ela me ajudou a fazer.
Miguel : Como é que é? Você e a Cecília... juntas?
Nastácia : Sim, juntas. Conversamos e tudo mais...
Miguel : Pensei que não gostasse dela.
Nastácia : A conversa que tivemos concretizou a minha idéia.
Miguel : Que é qual?
Nastácia : Ela não é uma má pessoa, apenas uma coisa está a atormentando por dentro. Algo que ela realmente precisa superar, antes que seja tarde.
Miguel : E aonde ela está agora?
Nastácia : Não sei, provavelmente na sala.
Miguel : Eu vou lá falar com ela.
Miguel se retira da mesa e Nastácia continua almoçando, pensativa.
Apartamento de Miguel : Sala de Estar : Sacada
Cecília estava admirando a vista, enquanto relembrava de alguns momentos com Luciana. Ela pega o colar que ela havia lhe dado e o segura.
Flashback On
Cecília : Amiga, arrasou nesse bolo. Está divino! Olha, obrigada mesmo por tudo, viu?
Luciana : Já disse que não precisa agradecer. Ah, esqueci de lhe contar uma coisa. A Débora venho aqui.
Cecília : Como assim veio aqui? Ela não gosta de mim e eu não gosto dela.
Luciana : Cecília, com toda certeza ela veio aqui lhe fazer algum mal. Mas, não ligue para o que ela diz ou deixa de dizer sobre você, minha amiga.
Cecília : Acha mesmo que vou ligar para pouca coisa?
Luciana : É assim que se fala, menina.
Flashback On²
Cecília : O que foi?
Luciana : Você sabe o que acabou de fazer?
Cecília : O que?
Luciana : Não era para ter contado nada do Abrão para o Ricardo, ele não presta.
Cecília : Ah, coitado, amiga.
Luciana : Cecília, abra seu olho. Ser boazinha demais às vezes custa caro.
Flashback Off
Cecília para si mesma : Agora eu sei o quão custa caro, minha amiga.
Cecília começa a ouvir Miguel gritar por seu nome e faz um sinal para dizer que estava ali.
Miguel : Está tudo bem?
Cecília : Na medida do possível.
Miguel : Bem que nós podíamos sempre ficar assim, juntinhos. Claro, se você não pensasse tanto nessa vingança.
Cecília : Miguel, se eu estou fazendo isso é para poder viver.
Miguel : E por que não se liberta de todo esse mal. Esqueça! Bola para frente.
Cecília : É impossível. Jamais vou esquecer o que aqueles projetos de demônio fizeram, jamais. Eles vão ter que pagar por tudo o que fizeram, nem que para isso eu tenho que ir ao inferno atrás deles.
Miguel : Cecília, veja só como está falando.
Cecília : Preciso ser má para depois ser feliz. Agora eu vou descançar um pouco. Até mais tarde.
Cecília ía saindo e Miguel a puxa pelo braço e a olha.
Cecília : Você e essa bendita mania.
Miguel : Não antes de me dar um beijo.
Cecília e Miguel se beijam. Cecília vai para seu quarto e Miguel fica ali, pensativo.
Mansão de Ricardo : Biblioteca
Guilhermina está colocando sua roupa, trêmula. Ricardo está sentado numa cadeira, apenas de cueca, com a respiração ofegante.
Ricardo : Nossa... Eu nunca tinha me sentido tão, tão realizado como agora.
Guilhermina : Me poupe dos seus pensamentos idiotas. E me dê logo a chave para sair daqui.
Ricardo : Eu ainda tenho energia suficiente para outra. Tem certeza que não quer ficar?
Guilhermina : Cala a sua boca.
Ricardo começa a rir e Guilhermina vê que a chave estava em cima da mesa. Ela pega e sai dali furiosa. Ricardo não parava de rir.
Mansão de Ricardo : Corredor
Guilhermina caminhava furiosa e André a vê. Ele a pega pelo braço e percebe que ela estava vermelha e com alguns arranhões.
André : O que aconteceu?
Guilhermina : Me deixa, André. Me deixa.
André : Me conte, por favor.
Guilhermina : Me deixe.
Guilhermina se solta e sai andando. André fica pensativo e decide ir até a biblioteca, pois percebe que ela tinha acabado de sair de lá.
Mansão de Ricardo : Biblioteca
Ricardo colocava sua calça e André entra na biblioteca, o surpreendendo.
Ricardo : Que eu saiba seu local de trabalho não é aqui, André.
André : Claro, Ricardo.
Ricardo : Para você é senhor Ricardo.
André : Sim, senhor.
André sai e entende tudo o que havia acontecido ali e não consegue acreditar.
Apartamento de Miguel : Quarto de Hóspedes
Cecília entra no quarto e abre seu quarda-roupa. Ela tira algumas roupas que estavam dobradas e pega sua arma que estava escondida ali. Ela olha para a arma fixamente.
Cecília para si mesma : Bom, se eu usei para um, pode ser usada para os outros também. Afinal, são farinhas do mesmo saco.
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